segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Eu só penso em você.

Cada minuto é uma procura. Cada minuto é uma espera.
Caminho preguiçosamente, pela universidade, indo chamar a Liége. Preciso chamar a Liége, a professora Maria Aparecida Lucca Caovilla pediu. E eu vou, cada passo é um esforço para o meu corpo. Chamar a Liége, chamar a Liége. Liége do 7º período.
Estou na frente da porta do 7º período.
Coloco a cabeça dentro da sala, procurando avistá-la.
-A Liége?
-Não, a Liége já foi.
Então, já sei onde vou encontrar ela. Perto da Unicantina, onde ela sempre está quando vai embora. Caminho até lá, e ela está sentada nos banquinhos, esperando a lotação.
-Aloha, Liége! A professora Maria Aparecida tá em uma reunião do PP, e pediu que eu viesse te chamar... Tu poderia ir lá agora?
-Impossible! Tô indo embora agora. Amanhã eu brigo com ela por te fazer caminhar até aqui.
-Ah, não tem problema.
-E desculpa.
-Tudo bem. Tchau!
Voltar, e dizer que a Liége não pode comparecer, pois já foi embora. Na volta, olho aquele estacionamento, tomado por carros. Carros que eu não conheço, carros que não me dizem nada, carros que não me interessam, por fim.
Ver o estacionamento só me dá mais vontade de estar contigo, de ver o teu carro lá, pra me dizer que eu posso entrar no carro naquele mesmo momento, ir embora contigo sem ter que me preocupar com a academia à tarde (e você com trabalhar), e que poderemos ficar juntos por toda a eternidade desse dia, já que à noite não temos aula.
De volta à realidade.
Não, teu carro não está no estacionamento.
Volto caminhando em passos preguiçosíssimos até o Centro de Sociais e Jurídicas.
E os minutos se prolongam. E a espera continua.

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