Então a menina balança os pés, que batem no muro em que está sentada, em um final de tarde. Seus olhos lacrimejam enquanto vê os carros passarem na rua. Ela pensa, e se questiona porque as coisas insistem em passar sempre diferente do que a gente quer. Os pés ora movimentam-se para frente e para trás, ora batem na parede. Ela escuta alguma música, que não sabe dizer de onde vem, e não vira sequer para procurar localizá-la. Vê as pessoas andando nas ruas, e se pergunta para onde elas estarão indo. O sol continua caindo, sumindo, de uma forma especialmente triste naquele dia, para agoniá-la bastante até a próxima vez que ele aparecesse; Para deixar claro que estar vivo é uma benção. Ela entende que a próxima vez que ver o sol é mais um chance para mudar o que não está de acordo em sua vida. Não é que ela esteja tão triste. Ela sabe que uma hora ou outra as coisas se ajeitam. Ela e a lágrima fazem um pacto. Ela só poderá cair quando a menina estiver em paz consigo mesma, para o amanhã. Para ser melhor amanhã. De repente, a lágrima cai. Ela se levanta, sem ligar para ninguém ao seu redor. Caminha em direção a um beijo que a espera. Seca a lágrima, e entende que o dia de fazer as coisas melhores é hoje. E aquele beijo É a melhor coisa. O sol se põe, levando consigo todos os pensamentos incômodos. E amanhã é um novo dia.
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Um comentário:
Cheio de esperança, um texto com seu ar de nostalgia, mas que nos proporciona reflexões nos dias bons e dá força nos dias ruins. Bonito mesmo, quase uma coisa auto-ajuda (no bom sentido da coisa, juro). Bonito, mesmo..
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