sexta-feira, 11 de julho de 2008

E não saio sem ele de lá.

Os pés saltitam. Por toda a madrugada ela anda, caminha, sem medo. O único receio é de não o ver mais. Acha curioso o fato de você achar alguém quando se menos espera, mas sabe que é assim mesmo. Assim é a vida. As coisas acontecem não quando você acha que elas devem acontecer, mas quando as coisas acham que devem acontecer pra você. "As coisas". Esse, porém, é um daqueles momentos em que você pode se sentir em plena paz, mesmo que amanhã tenha a casa, o trabalho, os pais, os estudos... Mesmo que tenha uma prova de matemática na segunda-feira, que você já sabe que é de ferrar. E o que importa? É como se você estivesse na frente do mistério da vida, alguma coisa muito maior. São coisas pequenas que se tornam grandes, e por serem muito boas, você deixa que elas tomem conta de você. Passa a não ser mais "a coisa", mas toda uma situação, que toma outra proporção. E qual o problema, se amanhã não for isso não tem problema... Ou daqui a um segundo. Ela apenas deixa com que o sentimento tome conta. Respira o ar, que quando de fato, é frio, ainda parece extremamente agradável. Parece quase perfeito, na verdade. E inspira, e expira. E inspira, e expira. Dá um sorriso cerrado, um semi-sorriso, sem dentes, e suspira. Inspira. Expira. E suspira.

Um comentário:

L.S. Alves disse...

E a caminhada continua em paz.